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Construindo Times de Sucesso: Como Equilibrar Similaridade e Diversidade de Perfis

Você já se viu diante do desafio de montar um time e ficou na dúvida sobre qual perfil de profissional escolher

O Desafio da Composição de Times de Sucesso

Você já se viu diante do desafio de montar um time e ficou na dúvida sobre qual perfil de profissional escolher? Essa é uma situação que enfrentei inúmeras vezes ao longo da minha carreira. Quando comecei como gestor, tinha uma tendência quase instintiva: buscava pessoas com background parecido com o meu, raciocínio similar e até mesmo temperamento compatível. Era confortável, previsível e, aparentemente, mais seguro.

Com o passar dos anos e acumulando experiências em diferentes setores e projetos, percebi que essa abordagem nem sempre era a ideal. Na verdade, dependendo do contexto e dos objetivos, ela poderia ser exatamente o oposto do que precisávamos. Hoje, depois de muitos acertos e erros, compartilho algumas reflexões sobre quando é melhor ter um time homogêneo e quando a diversidade de perfis se torna essencial.

Homogeneidade: Quando a Sintonia Fina é Necessária

Existem momentos na vida corporativa em que a consistência e a previsibilidade são mais importantes que a inovação disruptiva. Lembro-me de um projeto crítico de infraestrutura digital que gerenciei há alguns anos. Tínhamos uma plataforma que atendia dezenas de mercados simultaneamente, e qualquer instabilidade poderia causar prejuízos significativos.

Naquele contexto específico, montei deliberadamente um time com perfis técnicos e comportamentais muito alinhados. Eram profissionais que compartilhavam uma visão similar sobre arquitetura de sistemas, tinham afinidade com processos estruturados e valorizavam a documentação meticulosa. Pessoas que encontravam satisfação na estabilidade e na execução impecável de tarefas bem definidas.

O resultado foi impressionante em termos de confiabilidade. Nossos indicadores de disponibilidade batiam recordes mês após mês. Os processos fluíam com uma suavidade quase poética. Era como assistir a uma apresentação de nado sincronizado – cada movimento perfeitamente coordenado com os demais.

Essa configuração de time se mostrou ideal para:

  • Manutenção de sistemas críticos que exigem alta disponibilidade
  • Ambientes altamente regulados onde a conformidade é essencial
  • Projetos com escopo bem definido e pouca margem para experimentação
  • Operações maduras que precisam de otimização contínua e incremental

Em outro caso, quando implementamos uma solução de comércio digital padronizada para múltiplos países, a homogeneidade do time foi fundamental para garantir consistência na entrega. Todos compartilhavam os mesmos princípios de desenvolvimento e qualidade, o que resultou em uma implementação notavelmente uniforme, mesmo em contextos culturais diversos.

Diversidade: O Combustível da Inovação

Agora, vamos ao cenário oposto. Alguns anos depois, assumi a responsabilidade por uma área de tecnologia que precisava se reinventar completamente. O mercado estava mudando rapidamente, novos competidores surgiam com modelos de negócio disruptivos, e nossa abordagem tradicional já não dava conta dos desafios.

Percebi que precisava de um time radicalmente diferente. Não apenas diferentes entre si, mas diferentes de mim. Foi quando comecei a buscar intencionalmente pessoas com formações, experiências e perspectivas diversas.

Contratei profissionais com background em design thinking para trabalhar lado a lado com desenvolvedores hardcore. Trouxe especialistas em experiência do usuário para dialogar com arquitetos de sistemas. Integrei pessoas com formação em ciências humanas em um ambiente tradicionalmente dominado por engenheiros e cientistas da computação.

O início foi turbulento, não vou negar. As reuniões se transformavam frequentemente em debates acalorados. Havia momentos de frustração quando pessoas com visões de mundo completamente diferentes tentavam chegar a um consenso. O processo era mais lento, mais barulhento e, às vezes, emocionalmente desgastante.

Mas então começou a acontecer algo fascinante: soluções completamente inesperadas começaram a emergir desse aparente caos. A fricção entre diferentes perspectivas gerava faíscas de criatividade que jamais teriam surgido em um ambiente homogêneo.

Foi com esse time diverso que conseguimos desenvolver uma plataforma totalmente nova que revolucionou nossa maneira de atender os clientes. O projeto não apenas expandiu significativamente nossa capacidade operacional, mas também abriu novos modelos de negócio que nem imaginávamos serem possíveis.

Essa abordagem se mostrou valiosa quando:

  • O objetivo principal era inovação e disrupção
  • Enfrentávamos problemas complexos sem soluções óbvias
  • Precisávamos entender e atender públicos diversos
  • O mercado exigia adaptação rápida e pensamento não-convencional

A Jornada do Líder: Aprendendo a Valorizar Diferenças

Confesso que minha evolução como líder está diretamente ligada à minha capacidade de trabalhar com pessoas diferentes de mim. No início, era desconfortável. Eu tinha dificuldade em compreender perspectivas muito distantes da minha e, inconscientemente, valorizava mais as opiniões que reforçavam minha própria visão.

A virada aconteceu quando participei de um projeto internacional que me colocou em contato com profissionais de diversos países e backgrounds culturais. Foi um choque inicial, mas também uma oportunidade de crescimento inestimável.

Lembro-me de uma situação específica em que um membro do time, com formação em antropologia, questionou completamente nossa abordagem para um problema técnico. Minha primeira reação foi de resistência – afinal, eu era o especialista técnico. Mas quando me forcei a realmente ouvir o que ela estava dizendo, percebi que sua perspectiva trazia insights valiosos sobre o comportamento dos usuários que nós, focados apenas na tecnologia, estávamos ignorando completamente.

Esse tipo de experiência me ensinou algumas lições valiosas:

  • A importância de ouvir genuinamente, não apenas esperar minha vez de falar
  • Como criar um ambiente psicologicamente seguro onde diferentes vozes possam se expressar
  • A necessidade de desenvolver uma linguagem comum que permita o diálogo entre diferentes especialidades
  • Como transformar conflitos potencialmente destrutivos em debates construtivos

A Abordagem Balanceada: Núcleo Compartilhado, Diversidade Estratégica

Com o tempo, desenvolvi uma abordagem que considero mais sofisticada e equilibrada. Percebi que não precisamos escolher entre homogeneidade total ou diversidade absoluta – podemos combinar elementos de ambas as estratégias.

Na prática, isso significa construir times com um núcleo coeso de valores e princípios compartilhados, mas com diversidade estratégica em perspectivas, habilidades e experiências. É como uma orquestra onde todos seguem a mesma partitura e reconhecem a autoridade do maestro, mas cada músico traz sua especialidade única e sua interpretação pessoal.

Em um projeto recente de transformação digital, implementei essa abordagem com resultados notáveis. Todos os membros do time compartilhavam um compromisso fundamental com a qualidade e a experiência do usuário, mas traziam perspectivas complementares sobre como alcançar esses objetivos.

Tínhamos um entendimento comum sobre os princípios fundamentais de arquitetura e segurança, mas incentivávamos abordagens criativas para resolver os desafios específicos de cada contexto de negócio. Essa combinação nos permitiu manter a consistência necessária para uma operação confiável, mas com a flexibilidade para inovar onde fazia sentido.

O Momento Certo para Cada Estratégia

Se existe uma lição que considero fundamental após anos liderando equipes, é que não existe uma fórmula universal para a composição ideal de um time. O que existe é a configuração certa para cada momento e cada desafio.

Em fases de consolidação, quando a prioridade é estabilizar operações e garantir eficiência, times mais homogêneos tendem a performar melhor. Já em momentos de transformação, quando precisamos questionar pressupostos e explorar novos caminhos, a diversidade se torna um ativo estratégico insubstituível.

O verdadeiro desafio da liderança está em reconhecer qual é o momento que estamos vivendo e ter a coragem de montar o time adequado para ele, mesmo que isso signifique sair da nossa zona de conforto.

No início da minha carreira, eu buscava a segurança de trabalhar com pessoas que pensavam como eu. Hoje, entendo que o verdadeiro crescimento – tanto pessoal quanto organizacional – vem justamente dos momentos em que somos desafiados por perspectivas diferentes das nossas.

Se você está em um momento de consolidar e otimizar o que já funciona bem, talvez um time mais homogêneo seja o caminho. Mas se o desafio é reinventar e descobrir novos horizontes, não tenha medo de reunir pessoas diferentes e criar o ambiente para que essas diferenças se transformem em inovação.

No final das contas, a verdadeira arte da liderança está em saber quando buscar harmonia e quando provocar dissonância produtiva. E, mais importante ainda, em criar um ambiente onde pessoas diversas possam contribuir com seu melhor para construir algo maior do que qualquer um poderia realizar sozinho.

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