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PMEs ignoram um aliado crucial na análise da DRE – e pagam caro por isso
Em muitas pequenas e médias empresas familiares, o conselho consultivo ainda não participa da análise da DRE, que segue sendo tratada como mera formalidade
Em muitas pequenas e médias empresas (PMEs) familiares, o conselho consultivo ainda não participa da análise da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), que segue sendo tratada como mera formalidade.
Essa atitude corriqueira compromete a identificação de riscos e decisões mais estratégicas, já que o que esse demonstrativo contábil esconde pode ser tão importante quanto o que revela.
Será que ele está dizendo o que você quer ouvir ou o que realmente precisa ser corrigido no seu negócio?
A baixa maturidade da controladoria é um dos gargalos críticos das PMEs familiares brasileiras. Quando essa área falha, a DRE se torna uma peça limitada: registra o que já aconteceu, mas não aponta caminhos futuros nem riscos iminentes.
Com ampla experiência no ambiente corporativo, atuando como Advisor à frente da MORCONE, auxiliando e orientando empresas, especialmente empresas familiares brasileiras a se estruturarem para chegar aos 100 anos, Carlos Moreira aborda sobre o conselho consultivo e sua atuação como radar estratégico, não apenas acompanhando os números, mas interpretando o que está por trás deles.
Conselho consultivo e a controladoria como espinha dorsal estratégica
Segundo um estudo publicado na Revista Interdisciplinar de Valoração e Evidência (REIVA), mesmo em PMEs familiares, a controladoria é fundamental para otimizar resultados econômicos, garantir a continuidade da empresa e subsidiar a tomada de decisões estratégica, ou seja, ela é o alicerce da boa gestão.
O problema é que, na prática, muitas empresas ainda operam com controles financeiros frágeis ou desatualizados. Já outro levantamento mostrou que:
- 41% das PMEs não fazem controle rigoroso do fluxo de caixa;
- Muitas empresas sequer sabem, com precisão, quanto dinheiro têm em seu caixa.
Essa falta de clareza gera crise de liquidez ocasionando atrasos com fornecedores, dificuldades para honrar a folha de pagamento e, em muitos casos, compromete a imagem da empresa perante o mercado.
Conselheiros experientes leem além dos números
Quando uma PME familiar conta com um conselho consultivo na gestão financeira, tem acesso a um olhar externo, estratégico e experiente.
Conselheiros com trajetória em finanças e gestão têm a capacidade de identificar padrões preocupantes antes mesmo de os problemas se consolidarem.
Por exemplo:
- Crescimento da receita sem melhoria proporcional no lucro;
- Aumento dos custos fixos em relação à margem líquida;
- Endividamento mal estruturado (muito caro ou desalinhado com o ciclo do negócio);
- Descompasso entre contas a pagar e a receber.
Esses são sinais sutis que, se não forem identificados a tempo, podem virar tempestades financeiras e que, em minha trajetória atendendo PMEs, principalmente empresas familiares, são muito comuns à realidade desses negócios.
Adotar um conselho consultivo atuante ajuda a colocar luz sobre eles, propondo correções de rota com antecedência.
DRE: relatório ou termômetro de saúde?
A DRE bem interpretada pode revelar muito mais do que lucro ou prejuízo. Pode indicar se a precificação está correta, se a estrutura de custos é viável, se o crescimento está sendo sustentável.
Mas para isso, ele precisa ser olhado com profundidade e não apenas lido superficialmente por quem está envolvido na rotina operacional.
O distanciamento do conselho consultivo é justamente o que permite essa análise mais crítica e isenta.
Além disso, o conselho costuma incentivar a implementação de práticas mais maduras de controladoria, como:
- Projeções financeiras mais realistas;
- Análises de viabilidade de investimentos;
- Revisão periódica de KPIs financeiros;
- Cross-check entre DRE, fluxo de caixa e balanço patrimonial.
Esse reforço na governança é decisivo, principalmente em momentos de expansão, captação de recursos ou reestruturação.
O que conselheiros conseguem enxergar na prática
Em estudo publicado no Repositório da UFERSA, o papel da controladoria em tempos de crise foi analisado com foco em pequenos negócios.
O artigo mostra que, em empresas com atuação de conselheiros ou mentores financeiros, foi possível:
- Antecipar decisões de corte de custos antes da perda de margem;
- Reestruturar modelos de precificação;
- Rever contratos com clientes e fornecedores para evitar desequilíbrios de caixa.
É importante ressaltar que os benefícios do conselho consultivo não se limitam às grandes empresas. Para as PMEs familiares brasileiras, a implantação de um conselho consultivo pode ser ainda mais transformadora, ajudando a:
- Estruturar o crescimento: guiar o crescimento de forma planejada, evitando investimentos mal direcionados;
- Disciplinar o uso de recursos: promover uma alocação inteligente de recursos financeiros, focando em iniciativas que gerem valor real;
- Promover boas práticas de governança: introduzir e fortalecer práticas de governança corporativa desde cedo, preparando a empresa para desafios futuros e um crescimento sustentável.
Conselho consultivo – como começar do zero?
Mesmo empresas que ainda não formalizaram um conselho consultivo podem dar passos nessa direção:
Identifique áreas críticas da gestão financeira
Entenda onde estão os principais gargalos, como baixa previsibilidade de receitas ou despesas descontroladas.
Traga especialistas pontuais para diagnósticos ou mentorias
Mesmo sem um conselho fixo, é possível contar com a visão de profissionais experientes em momentos-chave.
Formalize um comitê consultivo com foco financeiro
Reúna um grupo enxuto para acompanhar mensalmente os números e propor soluções.
Crie uma cultura de prestação de contas e análise crítica
Incentive relatórios mais objetivos, com indicadores claros, e promova reuniões periódicas para discussão de resultados.
O conselho consultivo não é custo: é investimento em visão estratégica, previsão de riscos e sustentabilidade financeira.
Não subestime o que a DRE está tentando dizer
Sua DRE pode estar indicando mais do que aparenta: prejuízos disfarçados por receitas pontuais, margens de lucro corroídas ou despesas que vêm crescendo mês a mês.
É aqui que um conselho consultivo na gestão financeira faz toda a diferença: ele identifica os sinais invisíveis e ajuda a reposicionar a estratégia com base em dados, não em achismos.
Um conselho consultivo na gestão financeira é como um radar: identifica riscos fora do campo de visão imediato, amplia a análise e fortalece a tomada de decisão.
Em tempos em que a velocidade das mudanças é cada vez maior, ouvir apenas o que os relatórios dizem, sem questionar suas entrelinhas, é arriscado demais.
O conselho existe para fazer perguntas difíceis, propor soluções ousadas e garantir que sua empresa não apenas sobreviva, mas cresça com saúde.
Da próxima vez que olhar sua DRE, questione: ela está dizendo o que quero ouvir ou o que preciso corrigir?
Carlos Moreira – Há mais de 35 anos atuando em diversas empresas nacionais e multinacionais como Manager, CEO (Diretor Presidente), CFO (Diretor Financeiro e Controladoria), CCO (Diretor Comercial e de Marketing). e Conselheiro Administrativo.
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